Uma semana após início de massacre de presos, visitas em cadeias seguem suspensas e corpos aguardam liberação

Uma semana após o massacre de 15 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) no no domingo (26), visitas a unidades prisionais do estado seguem suspensas em Manaus. As mortes no Compaj foram estopim para barbáries em outras três unidades do estado. Um dia depois, 40 presos foram assassinados e o número de mortos chegou a 55. O massacre é o segundo ocorrido no Amazonas em menos de 3 anos.
A unidade é a mesma onde 56 custodiados foram assassinados em janeiro de 2017. A matança é considerada a maior já registrada no sistema prisional do estado.
Dos 55 corpos da chacina deste ano, dois seguem à espera de identificação no Instituto Médico Legal (IML). Exames de arcada dentária e de DNA serão realizados para identificar os corpos.
Familiares dos mortos já estiveram no IML na última semana. Eles apresentaram documentos e realizaram exames para comprovar a identificação. O resultado deve ser divulgado em até 30 dias. Somente depois disso, os corpos serão liberados.
O governo do Amazonas informou ao G1 que o sepultamento dos mortos foi feito pelas famílias das vítimas, mas que forneceu auxílio funeral para aquelas que declararam não ter condições de arcar com os custos. Quatro famílias solicitaram a ajuda. Além disso, o governo diz que as famílias recebem apoio psicossocial.

Novo massacre

A maioria das 55 vítimas do massacre desta semana morreu de asfixia ou golpeada por objeto perfurante, segundo informado pelo governo. As mortes tiveram início por volta de 11 horas de domingo no Compaj. Era momento de visita na unidade.

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